segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Modernismo

 Seu início foi basicamente em 1922, nos chamados dias da arte moderna, o Modernismo tem como objetivo principal destacar a renovação, as culturas independentes do país e a criação. Basicamente o Modernismo tentava ao máximo explorar e conhecer talentos culturais que o Brasil obtinha. O Período foi dividido em fases:
          Primeira Fase - A Primeira Fase também ficou conhecido como ''fase heróica'' na qual os escritores tinham compromisso com a renovação estética da linguagem, diferenciando da realidade, algumas características desta diferença está como a liberdade formal, valorização do cotidiano, reescritura de textos do passado.
          Segunda Fase - Destaque para as criações da proza de ficção, além do deferencial modo de palavras e encaixes.
          Terceira Fase -  Conhecida também como "pós-modernista" na poesia tem a permanência de poetas da fase anterior, que ocorre constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se chamam “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e culta,  chamados de neoparnasianos.


                                    AUTORES E OBRAS DO MODERNISMO NO BRASIL



MÁRIO Raul DE Morais ANDRADE (1893 – 1945)
Poesia: Paulicéia Desvairada (1922), Losango Caqui (1926), Clã do Jaboti (1927), Remate de Males (1930), Lira Paulistana (1946).
Conto: Primeiro Andar (1926), Belazarte (1934), Contos Novos (1946).
Romance: Amar, Verbo Intransitivo (1927).
Rapsódia: Macunaíma (1928).
Ensaio: A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho e Álvares de Azevedo (1935), O Baile das Quatro Artes (1943), Aspectos da Literatura Brasileira (1943), O Empalhador de Passarinho (1944).
Crônica: Os Filhos da Candinha (1943).
José OSWALD DE Souza ANDRADE (1890-1954)
Poesia: Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945).
Romance: Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Estrela de Absinto (1927), Serafim Ponte Grande (1933), A Escada Vermelha (1934), Marco Zero I – A Revolução Melancólica (1943), Marco Zero II – Chão (1946).
Teatro: O Homem e o Cavalo (1934), O Rei da Vela (1937).
Ensaio: Ponta de Lança (1945), A Crise da Filosofia Messiânica (1950).
Memórias: Um Homem sem Profissão (1954).
MANUEL Carneiro de Souza BANDEIRA Filho (1886 – 1968)
Poesia: A cinza das Horas (1917), Carnaval (1919), Poesias (1924), Libertinagem (1930), Estrela da Manhã (1936), Mafuá do Malungo (1948), Opus 10 (1952), Poesias Escolhidas (1937), Poesias Completas (1940, reeditadas com acréscimo em 1944, 51, 55 e 1958), Estrela da Tarde (1963), Estrela da Vida Inteira (1966).
Prosa: Crônicas da Província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções da História das Literaturas (1940), Literatura Hispano-Americana (1949), Gonçalves Dias (1952), Itinerário de Pasárgada (1954), De Poetas e de Poesia (1954), Frauta de Papel (1957) Poesia e Prosa ( 2 vols. 1958).
ANTÔNIO CASTILHO DE ALCÂNTARA MACHADO d'Oliveira (1901 – 1935).
Conto: Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), Laranja da China (1928),Contos Avulsos (1961, póstuma).
Romance: Pathé-Baby (1926), Mana Maria (inacabado).
Crônicas E Ensaios: Cavaquinho e Saxofone (1940, póstuma).

Biografia de Mário Raul de Morais Andrade:
 Mário de Andrade (1893-1945) foi escritor brasileiro. Publicou "Pauliceia Desvairada" o primeiro livro de poemas da primeira fase do modernismo. Estudou música no Conservatório de Música de São Paulo. Foi crítico de arte em jornais e revistas. Teve papel importante na implantação do modernismo no Brasil. Foi amigo inseparável de Anita Malfatti e Oswald de Andrade. Foi diretor do departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Foi funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico do Ministério da Educação. Seu romance "Macunaíma" foi sua criação máxima, levada para o cinema.
Mário de Andrade (1893-1945) nasceu na rua da Aurora, São Paulo, no dia 9 de outubro de 1893. Filho de Carlos Augusto de Andrade e de Maria Luísa. Concluiu o ginásio e entrou para a Escola de Comércio Alves Penteado, tendo abandonado o curso depois de se desentender com o professor de Português. Em 1911 ingressou no Conservatório de Música de São Paulo, formando-se em piano.
Em 1917, com a morte de seu pai, dava aula particular de piano para se manter. Nesse mesmo ano conhece Anita Malfatti e Oswald de Andrade, tornando-se amigos inseparáveis. Ainda nesse ano com o pseudônimo de Mário Sobral, publica seu primeiro livro "Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema", no qual critica a matança produzida na Primeira Guerra Mundial.
 Afastado do cargo por motivos políticos, ainda em 1938 foi para o Rio de Janeiro, onde lecionou Filosofia e História da Arte na Universidade. Foi incapaz de ficar longe de São Paulo, a cidade que amava, e em 1940 estava de volta. Foi ainda funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico do Ministério da Educação.
Mário Raul de Morais Andrade faleceu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1945, vítima de um ataque cardíaco. 


                                              Análise da Obra: Macunaína de Mário Raul


 Publicado em 1928, numa tiragem de apenas oitocentos exemplares (Mário de Andrade não conseguira editor), Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, é uma das obras pilares da cultura brasileira.        Numa narrativa fantástica e picaresca, ou, melhor dizendo, “malandra”, herdeira direta das Memórias de um Sargento de Milícias (1852) de Manuel Antônio de Almeida, Mário de Andrade reelabora literariamente temas de mitologia indígena e visões folclóricas da Amazônia e do resto do país, fundando uma nova linguagem literária, saborosamente brasileira.        Macunaíma - bem como Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) e Serafim Ponte Grande (1933), de Oswald de Andrade - foram obras revolucionárias na medida em que desafiaram o sistema cultural vigente, propondo, através de uma nova organização da linguagem literária, o lançamento de outras informações culturais, diferentes em tudo das posições mantidas por uma sociedade dominada até então pelo reacionarismo e o atraso cultural generalizado.        Nacionalista crítico, sem xenofobia, Macunaíma é a obra que melhor concretiza as propostas do movimento da Antropofagia (1928), criado por Oswald de Andrade, que   buscava uma relação de igualdade real da cultura brasileira com as demais. Não a rejeição pura e simples do que vem de fora, mas consumir aquilo que há de bom na arte estrangeira. Não evitá-la, mas, como um antropófago, comer o que mereça ser comido.       O tom bem humorado e a inventividade narrativa e lingüística fazem de Macunaíma uma das obras modernistas brasileiras mais afinadas com a literatura de vanguarda no mundo, na sua época. Nesse romance encontram-se dadaísmo, futurismo, expressionismo e surrealismo aplicados a um vasto conhecimento das raízes da cultura brasileira.   









Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_no_Brasil
         http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3629725



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