segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Literatura Contemporânea

 Olhar hoje para a literatura brasileira contemporânea e analisar ou defini-la não é um trabalho simples. Atualmente o mercado editorial passou por uma expansão inacreditável, e com a multiplicação das editoras vem também uma multidão de novos autores.


Autores e Obras contemporâneas

  • Luiz Ruffato: Eles eram muitos Cavalos; Mamma, son tanto Felice; Vista Parcial da Noite; De mim já nem se Lembra; O Livro das Impossibilidades.
  • Marcelino Freire: EraOdito; Angu de Sangue; Contos Negreiros; Rasif - Mar que Arrebenta; Amar é Crime; BaléRalé.
  • Marçal Aquino: O Invasor; Cabeça a Prêmio; Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios; O Amor e outros Objetos Pontiagudos; As Fomes de Setembro; Abismos; O Mistério da Cidade-Fantasma; A Turma da Rua Quinze.
  • Rubem Fonseca: A Coleira do Cão; O Cobrador; Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos; Feliz Ano Novo; Agosto.
  • Nelson Rodrigues: Engraçadinha; O Casamento; Asfalto Selvagem; Cem Contos Escolhidos – A Vida Como Ela é...; Meu Destino é Pecar; Núpcias de Fogo; Escravas do Amor.
  • Ariano Suassuna: O Castigo da Soberba; O Rico Avarento; Auto da Compadecida; O Santo e a Porca; A Pena e a Lei.
  • Luís Fernando Veríssimo: O Analista de Bagé; O Popular; Ed Mort e Outras Histórias; A Velhinha de Taubaté; O Santinho; O Jardim do Diabo; Comédias da Vida Pública; Gula – O Clube dos Anjos.
  • Bernardo Carvalho: Aberração; Onze; Teatro; Medo de Sade; Nove Noites; Mongólia; O Sol se põe em São Paulo; O Filho da Mãe; Os Bêbados e os Sonâmbulos.
  • Adélia Prado: Solte os Cachorros; O Homem da Mão Seca; Manuscritos de Filipa; Palavra de Mulher; Contos Mineiros; Poesia Reunida; Prosa Reunida; A Imagem Refletida.
  • Milton Hatoum: Relato de um certo Oriente; Dois Irmãos; Cinzas do Norte; Órfãos do Eldorado; A Cidade Ilhada; Varandas da Eva.
  • Nélida Piñon: Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo; Madeira Feita de Cruz; A Casa da Paixão; A Doce Canção de Caetana; Vozes do Deserto; Coração Andarilho; Tempo das Frutas; Até Amanhã, Outra Vez; A Roda do Vento; Aprendiz de Homero.


 Biografia de Nelson Rodrigues, um dos principais autores que fez sucesso dentro da literatura contemporânea:

 Nelson Rodrigues nasceu da cidade do Recife - PE, em 23 de agosto de 1912, quinto filho dos catorze que o casal Maria Esther Falcão e o jornalista Mário Rodrigues puseram no mundo. Os nascidos no Recife, além do biografado, foram Milton, Roberto, Mário Filho, Stella e Joffre. No Rio de Janeiro nasceram os outros oito: Maria Clara, Augustinho, Irene, Paulo, Helena, Dorinha, Elsinha e Dulcinha.
Seu pai, deputado e jornalista do Jornal do Recife, por problemas políticos resolve se  mudar para o Rio de Janeiro, onde vem trabalhar como redator parlamentar do jornal Correio da Manhã. Em julho de 1916, d. Maria Esther e filhos chegam ao Rio de Janeiro num vapor do Lloyd.

 Nelson Rodrigues faleceu na manhã do dia 21 de dezembro de 1980, um domingo. No fim da tarde daquele dia ele faria treze pontos na loteria esportiva, num "bolo" com seu irmão Augusto e alguns amigos de "O Globo". Dois meses depois, Elza cumpriu o seu pedido — de, ainda em vida, gravar o seu nome ao lado do dele na lápide, sob a inscrição: "Unidos para além da vida e da morte. É só".

                                                                Nelson Rodrigues

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."



                                           Anjo Negro, de Nelson Rodrigues



 Ismael e Virgínia velam a morte do terceiro filho do casal quando chega o irmão de criação de Ismael, Elias, que é um homem branco e cego. Ele é impedido pelo irmão de entrar. Depois do episódio, Ismael e Virgínia discutem no quarto. Virgínia é trancada, mas consegue escapar, encontra-se com Elias e os dois conversam. 
Elias revela que Ismael nunca se conformou com o fato de ser negro e ter um irmão branco. Na infância, Elias pediu ajuda para resolver um problema na vista e Ismael teria aproveitado a oportunidade para cegar o irmão. Virgínia conta que era órfã e que se casou com Ismael depois de ter sido violentada por ele, foi uma vingança armada por sua tia. O marido, então, comprou a casa em que ela morava com a tia e passou a mantê-la presa. 
Após contarem suas histórias, Virgínia e Elias têm uma relação sexual e planejam fugir. A tia chega com suas filhas e, ao ver Elias descendo as escadas, vai até o quarto. Lá ela consegue descobrir a traição e ameaça Virgínia. Ismael chega e encontra a mulher no quarto. Os dois começam uma discussão e Virgínia revela ter matado os filhos por serem negros. 
Mesmo assim, a mulher finge se interessar pelo marido e pede que tenham outro filho. A tia revela, no entanto, que o filho é de Elias. Ismael ameaça matar o filho branco de Virgínia e Elias. Então, ela corre para buscar Elias que está em outro quarto esperando-a, mas Ismael o mata com um tiro.
Dezesseis anos depois, Ana Maria, filha branca que Virgínia teve com Elias, descobre que ficou cega por causa de Ismael, que não queria que ela soubesse da sua cor. A mãe planeja fugir com a filha, mas descobre que a menina gosta de Ismael, que havia abusado dela muitas vezes. 
Depois de anos fora, a tia retorna com o corpo de sua última filha, que havia sido violentada e morta, era a única que não havida morrido virgem. Virgínia conversa com Ismael e ele confessa que ama Ana Maria. Ele diz para Virgínia ir embora, mas ela fala que a filha só gosta dele por ter sido iludida e que somente ela poderia amá-lo de verdade. Virgínia, com ciúmes, diz que a filha é apaixonada por outro homem. Ismael fica com raiva e decide trancar a menina num mausoléu para que morra. Ismael e Virgínia terminam juntos.







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